Tudo começou, oficialmente a 3 de Abril de 1977, no Campo da Mata em Ansião, frente ao Arcuda, com uma derrota por 2-0. Na altura a designação GDAA -Grupo Desportivo Assembleia de Alvaiázere - deveu-se à necessidade de recorrer aos estatutos daquela entidade para se inscrever a equipa na A. F. de Leiria e poder participar no Campeonato da II Divisão Distrital; aliás nesse primeiro campeonato, apenas participaram 5 equipas, para além das citadas, o G.D. Ansianense, o GD Pelariga e o GD Ilha.
Nesta primeira fase digamos que a equipa funcionava em auto-gestão e as primeiras inscrições foram pagas pelo Tito Marques Duarte, actual sócio nº 1 do GDA. Tudo se resumia a uma dúzia de amigos com a ambição de jogar "a bola". Desde cedo a equipa começou a ser acompanhada por adeptos incondicionais, entre os quais o inesquecível Eng. Alfredo Vaz de Morais (Fêfê) que rapidamente foi promovido a dirigente/treinador e cuja a dedicação e carinho, o ligará para sempre ao GDA.
Fruto de uma crescente e melhor organização, em Junho de 1979, foram publicados os Estatutos do G.D.Alvaiázere e em poucos anos está a disputar o Campeonato da 3ª Divisão Nacional, conseguindo-o por duas vezes, a primeira na época de 1982/83 e a segunda em 1985/86. Dia histórico o primeiro jogo disputado na 3ª Nacional, contra o vizinho U.Tomar, no Municipal de Alvaiázere com uma vitória por 1-0 sobre uma das equipas que acabaria por subir para a 2ª Divisão Nacional. Igualmente de realce as várias presenças na Taça de Portugal, tendo o primeiro jogo desta competição realizado no Norte do Distrito de Leiria (excluindo Pombal) sido disputado em Alvaiázere, no dia 11-11-1984 contra o Guiense. Outro ponto alto do GDA, foi a presença numa final da Taça Distrital, no relvado de Leiria frente ao Amor/22 de Junho, tendo perdido por 2-1.
Neste espaço devemos recordar e homenagear algumas figuras ligadas ao GDA, começando por aquelas que já faleceram. Dos jogadores, Alberto Ribeiro foi o mais marcante, pela sua figura possante, pela sua maneira de ser humilde e alegre e as suas gargalhadas contagiantes, que nos balneários amenizavam as derrotas e realçavam as vitórias. Inesquecível para quem viu, aquele golo do "meio-campo" no Cartaxo. Infelizmente deixou-nos muito cedo e com uma sensação de que nem tudo foi feito, para evitar o pior. Mais recentemente, faleceu Luís Poeira e igualmente não esquecemos o seu contributo, apesar da "barriguinha", tinha uns excelentes "pés". Como treinador, o paciente e pedagogo Mário Pinheiro destacou-se pelo trabalho desenvolvido nas camadas jovens e muitos dos jogadores que formou, deram continuidade ao GDA. Dos dirigentes, para além do Eng. Morais, relembramos António Brás e Manuel da Silva Oliveira, que igualmente nutriam um carinho muito especial pelo GDA. Dos vivos, não falaremos dos muitos jogadores e dirigentes que passaram pelo GDA e do seu contributo porque certamente iriamos esquecer alguns, o que seria injusto, mas teremos de realçar os ex-Presidentes da Direcções, José Maria Aparício, Fernando Simões, e Eduardo Marques que durante muitos anos se dedicaram intensamente ao GDA.
Nos últimos anos destaque para a nova geração de timoneiros, Renato Gonçalves, Rui Grácio e Bruno Gomes, os anteriores e o actual presidentes, pela sua coragem em "pegar" nos destinos do Grupo, que com a força da sua juventude têm dado continuidade a um projecto que está no caminho certo, pois movimenta todos os escalões e na sua quase totalidade com jovens oriundos do concelho.
Rui Oliveira